31 de julho de 2007

decide ser, na memória, cicuta a ideal rima de voluta.

30 de julho de 2007

adopta os traços da sombra na cal como fio de faca.

29 de julho de 2007

bebe.

28 de julho de 2007

é de algum morabito, mesmo que a páginas tantas.

27 de julho de 2007

julga não ser preciso pensar muito para se chegar ao ponto em que se conclui que não vale a pena pensar muito.
E que supõe ser isto uma simplificação de qualquer coisa.

26 de julho de 2007

se abastece de cruzamentos com os demais. Numa mala, os leva para o deserto.

25 de julho de 2007

rasteja de noite, em missão. Na companhia.

24 de julho de 2007

julga dever haver um nome para o encontro entre um homem e uma mulher em que se trocam mortos. Dá-lhe isso que fazer.

23 de julho de 2007

é dito sem remédio.

22 de julho de 2007

que se debate com um olhar. Com um olhar, não. Com a função dos olhos quando ocupados com memórias.

21 de julho de 2007

tira dúvidas a gotas de água que passam despercebidas. As dúvidas da percepção.

20 de julho de 2007

adivinha cegonhas sobre pinguelas, ao nascer do sol de Setembro.

19 de julho de 2007

se junta a máquinas de escrever que sofrem ataques de tosse. Convulsa.

18 de julho de 2007

se cruzou aromaticamente com um queijo fotocopiado.

17 de julho de 2007

gostaria que um retrato lhe falasse.

16 de julho de 2007

encarou de frente o desgosto verde azul a que se referiu outrora. Mal o sabia.

15 de julho de 2007

olha de longe o perto.

14 de julho de 2007

ra(s)pa a lição até ficar só com o exemplo.

13 de julho de 2007

soma ao invés de somar. Reduz a zero a inquietação.

12 de julho de 2007

teme que as memórias sejam latas barulhentas, presas por fios invar a qualquer peça da alma.

11 de julho de 2007

pressente duplicados, ditas segundas vias, algures entre pó e estrelas. De papel, é claro.

10 de julho de 2007

percebe hiatos em livros que faltam. Mesmo que não saiba tempo e espaço.

9 de julho de 2007

remete para si próprio. Ao espelho e na água.

8 de julho de 2007

hesitará sempre entre o inferno no centro do paraíso e o paraíso no centro do inferno. Pouco lhe importando escafandros e repelentes.

7 de julho de 2007

evita conhecer mais ditos brejeiros.

6 de julho de 2007

se interessa pelo cobalto. Ele mesmo.

5 de julho de 2007

gostava de importar um tique. De o passear pela trela. Escovadinho.

4 de julho de 2007

vai encortiçando as emoções. E comendo as bolotas do azinho.

3 de julho de 2007

se inscreve em filas. Seis anos volvidos.

2 de julho de 2007

reassume cores pálidas. Dorme com elas.

1 de julho de 2007

mergulha em infinitesimais.