31 de janeiro de 2008

gostava de atribuir graus de deserto às suas ideias.

30 de janeiro de 2008

azula.

29 de janeiro de 2008

se aquartzou de pedra própria. Para todo o sempre.

28 de janeiro de 2008

atesta eficiências de bar aberto. Depois inicia o aquecimento no relvado. À Vitória de Setúbal.

27 de janeiro de 2008

de rua em rua, visita impropérios alheios.

26 de janeiro de 2008

entorta galés, requer fissuras e promove rissóis. Três em um.

25 de janeiro de 2008

devia saber pôr tudo no luar.

24 de janeiro de 2008

visita armazéns de mercadorias. Dos oficiais, com cheiro a ferrovia.

23 de janeiro de 2008

ou a quem Ela disse: Elasticotine - com o sorriso de quem desenterra coisas de gavetas poeirentas. Coisas talvez azuis.

22 de janeiro de 2008

vende beneméritos. Em dose individual ou caixa com uma grosa.

21 de janeiro de 2008

descose lacetes em aplicações biunívocas. Com agulha de palmo ou sovela de criança.

20 de janeiro de 2008

empata em casa.

19 de janeiro de 2008

se engana em pedestais de jaspe.

18 de janeiro de 2008

compra pão a uma nossa senhora de madeira com corpo de corista.

17 de janeiro de 2008

viu que raparigas que dormem no ar pairando, levam os cardinais incompletos com elas, deixam sempre um onze para trás, um número assim. E correm e dançam e levam o livro da segunda classe na mão.

16 de janeiro de 2008

dá, por vezes, vazas à esquerda.

15 de janeiro de 2008

desceu, por sendas, a trincheira ferroviária dos seus dias. D'escola.

14 de janeiro de 2008

se imuniza a tempo.

13 de janeiro de 2008

cobiça vaus ao Tâmega.

12 de janeiro de 2008

um dia não gostou da cor do seu gibão.

11 de janeiro de 2008

um dia rebolou em dunas já esquecidas.

10 de janeiro de 2008

adia périplos endovenosos. Não sabe por que o faz.

9 de janeiro de 2008

faz hoje 49 anos.

8 de janeiro de 2008

assoma a sete janelas. De cima de um outeiro tenebroso, talvez místico.

7 de janeiro de 2008

espera jamais cruzar-se com um paradigma.

6 de janeiro de 2008

talvez trema.

5 de janeiro de 2008

está por linhas e pontos, numa espécie de Morse.

4 de janeiro de 2008

tem, para ilustrar a noção de enfrentar os elementos, uma quantidade de cubos dispostos em camadas numa distribuição também ela cúbica.

3 de janeiro de 2008

prefere os esses em planta. Vistos do alto, em levitação. E sempre transitáveis.

2 de janeiro de 2008

é de raivas em traços contínuos.

1 de janeiro de 2008

não gosta de oitos.