31 de janeiro de 2011

duvida que haja fins.

30 de janeiro de 2011

arremela as virtudes condais. No seu território, pés na terra.

29 de janeiro de 2011

podia temer um caramelo feito de mares revoltos que fosse verde e picasse na língua.

28 de janeiro de 2011

resume serões. Do tempo em que a vida era mais fria, mais quente e conversada.

27 de janeiro de 2011

enreda sarmentos.

26 de janeiro de 2011

trata de ouvir os seus. Que dar de comer às galinhas pode ou não ser o que há a fazer. Depois dos sonhos. A galinhas que voam. Só a galinhas que voam.

25 de janeiro de 2011

acolhe comédias. Num desvão de arvoredo.

24 de janeiro de 2011

Se senta sobre os nascedios. À espera que corram.

23 de janeiro de 2011

não crê ser primo de Pássaro, de quem nunca tinha ouvido falar e que agora conheceu alquebrado, lá em Vilamaninhos.

22 de janeiro de 2011

adia o frio. Para além das dunas, dos medos.

21 de janeiro de 2011

contempla a água macia, de dentro das muralhas de casa.

20 de janeiro de 2011

evoca a diluição geotérmica dos porquês.

19 de janeiro de 2011

habitou os assim chamados tranvias.

18 de janeiro de 2011

adormece em vinhedos pilhados. Pelo cheiro.

17 de janeiro de 2011

adivinha palhas fazendo cócegas nas mentes pardas.

16 de janeiro de 2011

a única coisa que distingue, em horizontes largos, é a sua própria ignorância. E sabe que isto há muito foi dito com muito menos palavras.

15 de janeiro de 2011

paira sobre anjos perseguidos.

14 de janeiro de 2011

revela enlaces em bilhares mortos. Traçados com bolas de cristal.

13 de janeiro de 2011

milita num posto de íngreme instante.

12 de janeiro de 2011

cavalga vácuos. Suspeitando que têm cor.

11 de janeiro de 2011

se endivida na espessura dos mapas.

10 de janeiro de 2011

reconhece as bordas de um caminho viciado.

9 de janeiro de 2011

ah, sim!

8 de janeiro de 2011

tropeça num mago que desfolha um mal-me-quer: "A razão é humana!"; "A razão não é humana!"

7 de janeiro de 2011

demite desvantagens e recupera sorrisos falidos.

6 de janeiro de 2011

arruma ladeiras à parede espinhosa.

5 de janeiro de 2011

se atrasou, e muito, na antevisão das vazas.

4 de janeiro de 2011

se vê num retábulo de almocreves encalhados.

3 de janeiro de 2011

julga haver incógnitas prensadas nas pilhas do erro que conferem rectidão às linhas.

2 de janeiro de 2011

acomete com lanceiros.

1 de janeiro de 2011

adormece à sombra de hipotecas. Virado a nascente.