31 de março de 2007

se assiste. De fauteuil de orquestra.

30 de março de 2007

gosta do suão. À porta de casa.

29 de março de 2007

se admira com os ventos verdes. E conta continuar a fazê-lo.

28 de março de 2007

se faz ao caminho. Caracoroísticamente.

27 de março de 2007

gosta de números. Arriscados.

26 de março de 2007

aventa a possibilidade de...

25 de março de 2007

supõe que não está demonstrada a impossibilidade de escrever uma função que explique a compreensão das coisas. Por cada um. A cada momento.

24 de março de 2007

julga que, enquanto as bruxas andam no pão-mole, há que aproveitar a sombra das nuvens.

23 de março de 2007

se enleva.

22 de março de 2007

ainda um dia destes ouviu o filho dos que dançavam em cima de meio-alqueire.

21 de março de 2007

dificilmente rima consigo próprio no final de qualquer poema.

20 de março de 2007

arremata com um chui.

19 de março de 2007

só acede a contemplar os demais através de estruturas de complexidade w. Ou f, quem sabe?

18 de março de 2007

...disseste-me eu.

17 de março de 2007

aceita que quando se traça uma recta se divide o Universo plano em duas partes iguais. Iguais em quê? Quanto a quê?

16 de março de 2007

não consegue conviver com públicos extáticos.

15 de março de 2007

afirma ser provável que a água não esteja ao nível da água.

14 de março de 2007

endereça cumprimentos, imprime vertigens e cola suspeitos.

13 de março de 2007

considera inelutável esquecer as ideias geniais.

12 de março de 2007

se agarra aos se e só se das argumentações.

11 de março de 2007

passa. Não vai a jogo.

10 de março de 2007

é desta.

9 de março de 2007

- que, não - a quem, por isso mesmo, já não compete ser, estar verde. Nem sequer assustar-se.

8 de março de 2007

não muda de cor nos semáforos.

7 de março de 2007

acredita que a felicidade se confunde com a brisa do mar.

6 de março de 2007

diz que paredes brancas como horizonte podem, devem ser apenas o que está sob o azul.

5 de março de 2007

não diz que gostaria, mas gostaria de um dia, por um átimo, se encontrar com o tempo. Não discute, não escolhe, referenciais de inércia.

4 de março de 2007

foge, afastando-se de espelhos, à perseguição dos tradutores da mente. Para qualquer língua remota. E não se refere a retroversões.

3 de março de 2007

paira.

2 de março de 2007

acredita que é possível fazer com coentros, e só com coentros, um tapete voador.

1 de março de 2007

acha que, para se ser relógio, não basta dar umas quantas badaladas por dia.