30 de novembro de 2007

vigia selos em rotas marítimas.

29 de novembro de 2007

também teme a greve do tempo.

28 de novembro de 2007

ou a quem às vezes parece que os outros - todos os outros - brincam à sua frente com nomes próprios.

27 de novembro de 2007

por vezes apazigua-se com imagens de livros infantis. E também gostava de passear nuvens na ponta de um baraço.

26 de novembro de 2007

entende que o verdadeiro choque de titãs é a interpenetração cerebral. Numa figura geométrica qualquer que seja.

25 de novembro de 2007

reúne com elementos da tabela. Periódica. Mente.

24 de novembro de 2007

admite fazer argamassas com o pó da estrada.

23 de novembro de 2007

às vezes, sente acórdeões em caminhos de cortiça. Pelos verões de pó, gargaleando cervejas.

22 de novembro de 2007

leva uma remessa de qualquer coisa, entre o polegar e a amígdala cerebral.

21 de novembro de 2007

cumprimenta, com pães de despedida.

20 de novembro de 2007

adopta passos de morse sempre que é esperado atrás de gelosias.

19 de novembro de 2007

se detém numa encruzilhada de estrias. Balisticamente falando. Balisticamente parando.

18 de novembro de 2007

de oficinas d'antanho ainda gosta de ter a sua dose. Tripla.

17 de novembro de 2007

carrega pontes pensêis com cadáveres de ideias.

16 de novembro de 2007

remove a História de pináculos de pedra como quem colhe frutos serôdios.

15 de novembro de 2007

ouviu qualquer coisa sobre admiração. Talvez de idolatria talvez de espanto. E segue.

14 de novembro de 2007

sente haver uma dissemelhança nos traços. Nos que se reuniam na mesma estrada, à sombra das mesmas árvores. E que eram, nesse tempo, semelhantes.

13 de novembro de 2007

rente à estrada, sente fidelidades.

12 de novembro de 2007

pressente que há impérios de trombetas ufanantes por debaixo dos próprios pés.

11 de novembro de 2007

só admite réstias de alhos. Jamais de.

10 de novembro de 2007

pespega milímetros em pés de meia.

9 de novembro de 2007

de nove, de novembro, diz saber trilhos de nordeste. Sempre para lá, na loxodrómica.

8 de novembro de 2007

tropeça em restos de espirais tabaquentas. Sitas sobre papel vegetal, adornadas por ondas de rádio. Sempre de madrugada.

7 de novembro de 2007

desconfia da troca dos rótulos da memória dos cheiros, dos perfumes.

6 de novembro de 2007

estende a trouxa em cima das ervas. Não lhes pede que sejam aromáticas. Mas pensa nisso.

5 de novembro de 2007

diz pálito enquanto...

4 de novembro de 2007

entende haver um milheiro de metáforas com ervas e flores. Com árvores também. É à sombra disso, que vê outras luzes.

3 de novembro de 2007

admite apultanas entre mãos.

2 de novembro de 2007

crê haver azulejos com certas manias temporais.

1 de novembro de 2007

usa cajado vermelho de jarda inteira.