31 de julho de 2012

renuncia ao vago vazio da instância púrpura.

30 de julho de 2012

concede o desafogo à missa cantada dos anónimos.

29 de julho de 2012

traça o efémero com dentes de ouro.

28 de julho de 2012

incinera a virtude. Num poço da morte.

27 de julho de 2012

vence os inomináveis abismos do retrato.

26 de julho de 2012

balbucia indecorosos ritmos. Com um serviço de chá à sua frente.

25 de julho de 2012

descobre menestréis nos vincos de uma luta em ziguezague.

24 de julho de 2012

desdobra o gato escondido na mão. Sem trunfo.

23 de julho de 2012

faz germinar os bolbos da loucura num arame atravessado no caminho.

22 de julho de 2012

monitoriza o ser. Na criação de baldios na alma.

21 de julho de 2012

manobra peças sobre a safra do desespero.

20 de julho de 2012

atafulha vícios em conserva. Numa hortelã vivaz.

19 de julho de 2012

se norteia pelo occipital relógio. Num rio de maçãs.

18 de julho de 2012

que conta tristezas como quem conta vizinhos a sair do prédio pela deslocação do ar.

17 de julho de 2012

declara perpétuo o açúcar das varandas.

16 de julho de 2012

pontapeia o piano. Na volta da viagem.

15 de julho de 2012

vinga os riscos que o mar fez. Na circunstância do assombro.

14 de julho de 2012

vê o sarilho das armas. Nos ajoelhados soldados.

13 de julho de 2012

mina a cedência dos meios. Em qualquer inteiro.

12 de julho de 2012

vence ilhas onde há mar.

11 de julho de 2012

derrama vinhos em planaltos de miragem.

10 de julho de 2012

vareja a pernada real.

9 de julho de 2012

borrega a aterragem em dia de sono alto. Na pista dela.

8 de julho de 2012

mastiga ventos colaterais.

7 de julho de 2012

anuncia vestes apressadas. Ao redor dos ombros de uma saudade repetida.

6 de julho de 2012

trauteia um lírio na boca. E um tiro no cisne.

5 de julho de 2012

assombra o pano e dobra as mangas. Sempre a nódoa no seu melhor.

4 de julho de 2012

anatemiza as esferas do conhecimento. Mútuo.

3 de julho de 2012

não troca uma vida vivida por tambores mal tocados.

2 de julho de 2012

fornece a pega à largada. Seja em linguagem tauromáquica ou não.

1 de julho de 2012

adianta o fado nas prisões sentidas.