30 de abril de 2007

regateia sombras com pasodobles.

29 de abril de 2007

já se cruzou com alguns outros vergados sob carradas de razão.

28 de abril de 2007

também por isso, se interessa por coisas terminadas em -ia.

27 de abril de 2007

encontrou um metrónomo feliz.

26 de abril de 2007

se enrola com os vários significados da palavra vela.

25 de abril de 2007

assoma, descaradamente, a uma certa janela de basbaque.

24 de abril de 2007

amansa e embrulha as ditas palavras em fumo de cigarros alheios. Enquanto a Espanha ainda cheira a tabaco negro.

23 de abril de 2007

reúne sílabas e com elas fará um tapete e não palavras.
Um tapete de sílabas átonas como os que se faziam com maços de cigarros.
Cigarras.

22 de abril de 2007

aliás...

21 de abril de 2007

acha importante acrescentar ainda qualquer coisa sobre o acaso, a probabilidade, a ordem e o caos.

20 de abril de 2007

amanhece em espantos em quintais alheios ou em serras frias. Tanto se lhe dá.

19 de abril de 2007

destitui as moléculas da cor verde. De cima de uma montanha de pirite.

18 de abril de 2007

prefere a água como lente.

17 de abril de 2007

retira a moldura. Para se rever melhor.

16 de abril de 2007

se deixa levar por correntes. Marítimas.

15 de abril de 2007

interroga tubos de queda.

14 de abril de 2007

... melhor dizendo, a quem fizeram porquê de certo sítio. Sendo porquê compreendido entre barão e visconde.

13 de abril de 2007

abre concurso para o sinal ortográfico a colocar no balão desenhado sobre a sua cabeça. Já não servem os pontos de interrogação e de exclamação.

12 de abril de 2007

nunca ansiou por certidões negativas.

11 de abril de 2007

vigia espirais ascendentes.

10 de abril de 2007

julga ver no resto o seu próprio molde. Fundo e forma.

9 de abril de 2007

também se detém nas pedras. A contar virgindades entre elas e com elas.

8 de abril de 2007

se detém, em recolhimento.

7 de abril de 2007

se espelha nos gelos. Eternos.

6 de abril de 2007

gostaria de arremessar infinitos uns contra os outros.

5 de abril de 2007

gosta de papel.

4 de abril de 2007

entre diagnóstico e prognóstico, se sente agnóstico. Não gosta de jogos de palavras - disse-o já - mas da gnose, e é dela que ora fala, diz tal.

3 de abril de 2007

aduz. E depois conduz.

2 de abril de 2007

não passa pelos intervalos da chuva. Modela-os a seu bel prazer.

1 de abril de 2007

espirra dados pretos, dados metálicos, dados químicos, dados astronómicos. Sai sempre 6.