31 de dezembro de 2008

caminhou por caminhos fetais. Ainda ontem.

30 de dezembro de 2008

devolve imagens a pedestais de volutas.

29 de dezembro de 2008

se atrasa, pelas intempéries do estro.

28 de dezembro de 2008

encolhe vértices de naipes diferentes.

27 de dezembro de 2008

verifica caminhos de água em que toros de madeira...

26 de dezembro de 2008

considera a proibição de incertas mulheres.

25 de dezembro de 2008

se reveste de todas as importâncias chãs.

24 de dezembro de 2008

vê as ruínas do medo. Por onde anda. E sempre do lado mais longínquo da estrada.

23 de dezembro de 2008

decide entrar pelo verde dentro.

22 de dezembro de 2008

se julga qualquer coisa do fogo. Um parente.

21 de dezembro de 2008

intercede, junto de si próprio, para que lhe seja perdoado o solstício. De Inverno.

20 de dezembro de 2008

entontece prisioneiras várias. A uma escala nunca vista.

19 de dezembro de 2008

varre teorias e paixões do espaço-tempo que lhe passa a jeito. Há quem diga que são as dobras que o permitem. Ri-se disso.

18 de dezembro de 2008

fornece empenhos como quem atiça um lume novo.

17 de dezembro de 2008

ajuda a aborrecer barcos. Carregados de mortos.

16 de dezembro de 2008

se esquece dos reflexos em mesas de vidro.

15 de dezembro de 2008

se debruça sobre um cadáver da minúcia. Um dos.

14 de dezembro de 2008

se sente como o elemento dividido que avalia o sesmo. A maioria das vezes não sabe a que lado pertence. Se pertence a algum.

13 de dezembro de 2008

vê relevada a falta intercalada.

12 de dezembro de 2008

ou a quem convém despejar a lucidez pelo jardim.

11 de dezembro de 2008

albarda o burro com vocábulos esquecidos.

10 de dezembro de 2008

carece de penas capitais.

9 de dezembro de 2008

tropeçou num desfile de tragédias. Quase encenado.

8 de dezembro de 2008

revista medos e desgraças. Em campo aberto.

7 de dezembro de 2008

encontra o veneno letal ao seu alcance - a diminuição do sonho.

6 de dezembro de 2008

vence diabos que com ele partilham longas viagens de comboio.

5 de dezembro de 2008

usa uma cisterna rota ao longo da estrada. Para se livrar da sua base de dados.

4 de dezembro de 2008

se atormenta com legendas brancas sobre (ou sob) um vasto céu.

3 de dezembro de 2008

recebe priões devolutos. Em mesas de vidro.

2 de dezembro de 2008

diz que há uma memória do caos.

1 de dezembro de 2008

arrefece um dia esquecido.