31 de outubro de 2014

estivera de invernia no dia em que as galinhas tomaram dentição.

30 de outubro de 2014

sonha com os negativos das janelas amadas.

29 de outubro de 2014

abraça uma confiança vinda de um terreiro à sombra.

28 de outubro de 2014

deixa que abocanhem a fera. Num estreito canal diluviano.

27 de outubro de 2014

resolve traçados em função de ironias.

26 de outubro de 2014

enrosca a tromba. Para combater a enxurrada de palavras.

25 de outubro de 2014

trava o vento na comissura.

24 de outubro de 2014

evidencia alterações no mosto.

23 de outubro de 2014

atalha pelo fio.

22 de outubro de 2014

aviva a têmpera de uma faca assassina de mentes.

21 de outubro de 2014

se atrasou nos laços.

20 de outubro de 2014

vence farófias em almoços sobre o festo das ideias feitas.

19 de outubro de 2014

mora num poema.

18 de outubro de 2014

troça de equações não-lineares.

17 de outubro de 2014

afiança três infernos.

16 de outubro de 2014

limpa os nevoeiros. Do trilho semântico.

15 de outubro de 2014

tenta um inverno. Nas veias.

14 de outubro de 2014

traça o burgo numa prancheta.

13 de outubro de 2014

faz tremer o pêndulo aprumado.

12 de outubro de 2014

arranja as vísceras de um cavalicoque.

11 de outubro de 2014

muda a agulha dos números deitados. Na rocha tarpeia das vizinhanças.

10 de outubro de 2014

atravessa meios cianéticos. Empurando miasmas com a palma da mão.

9 de outubro de 2014

semeia a irreflexão em vidros foscos.

8 de outubro de 2014

destrói a cumeada que o ensombra.

7 de outubro de 2014

invectiva a anomalia do interregno.

4 de outubro de 2014

trilha o trilho da compota. Neo-realismo de às vezes.

3 de outubro de 2014

enfrenta músicas de meia-idade.

2 de outubro de 2014

vence o arbítrio e o árbitro. De uma pe(r)nada.

1 de outubro de 2014

estaciona a levedura como quem.