30 de abril de 2015

municia o temporal que a areia lhe ditou.

29 de abril de 2015

mostra a potência de um dedal de poema sob a tela pintalgada.

28 de abril de 2015

amassa a construção mal aprazada. Na areia real.

27 de abril de 2015

matiza o bife com aguarelas de ouro.

26 de abril de 2015

executa a viragem que o despertar lhe impõe.

25 de abril de 2015

aviva a intenção de uma levedura quase ausente.

24 de abril de 2015

espia toldos num estuário de amarguras.

23 de abril de 2015

anuncia um tremendo arroubo sob a luz que se escoa.

22 de abril de 2015

aumenta uma vigência. Num tapete e numa passadeira vermelhos.

21 de abril de 2015

diz um frio. De manhãs curtas.

20 de abril de 2015

compra mentiras a céu aberto.

19 de abril de 2015

arranca trigésimos premiados à altura de um vaso.

18 de abril de 2015

desdobra a ânsia num pátio de alucinações.

17 de abril de 2015

convence algum vento a voltar atrás.

16 de abril de 2015

arrebita as pontas da saca.

15 de abril de 2015

alista enquadrados. Numa paisagem tenebrosa.

14 de abril de 2015

arrisca intempéries em soalhos acrobáticos.

13 de abril de 2015

monta um milésimo. De algo etéreo, de algo sinistro.

12 de abril de 2015

enfia pela circular celeste.

11 de abril de 2015

milita num raio. Solar.

10 de abril de 2015

teme lavagens minerais. Na sua consciência dura.

9 de abril de 2015

só sabe peneirar à sombra do montado.

8 de abril de 2015

não se remete a um pilar.

7 de abril de 2015

atrapalha estados d'alma. A camponesas virtuosas.

6 de abril de 2015

entope círculos com areia.

5 de abril de 2015

viaja sem resposta.

4 de abril de 2015

acontece quando alguém semeia pós de pirlimpimpim.

3 de abril de 2015

ou a quem interessa o desenho de um milagre.

2 de abril de 2015

outorga leviandades. Num comício de chapelados.

1 de abril de 2015

arranca uma paz pela raiz.