31 de maio de 2011

se encontra desalinhado de uma certa desconstipação.

30 de maio de 2011

subtrai das caras o medo. Leva os dentes que restam, depois do ranger.

29 de maio de 2011

dá, aos rios que lhe desaguam da mente, nomes de mulher. Que fossem ruas, que fossem quadros, que fossem aromas, que fossem.

28 de maio de 2011

entaramela videiras e árvores de frutos variados.

27 de maio de 2011

ora, pedindo a mercê do ódio a quem lhe é indiferente.

26 de maio de 2011

retorna de notícias diferidas. Com a mágoa presa na aba do casaco.

25 de maio de 2011

avança, cambalhotadamente.

24 de maio de 2011

reveste de pim o milagre das cores sem olor.

23 de maio de 2011

desventra o medo das amígdalas.

22 de maio de 2011

esmurra as notícias do mundo inexistente. Dentro da rocha ígnea.

21 de maio de 2011

viajava na caixa de carga.

20 de maio de 2011

serve minúcias em taças apropriadas. Elas obedecem, usando as bandejas para o efeito pretendido. De oferenda, de sacrifício.

19 de maio de 2011

atravessa os périplos dos vizinhos zangados. Com duas pedras na mão.

18 de maio de 2011

deturpa as linhas de força de um campo escuso.

17 de maio de 2011

amanhece viciado em cestos de fruta.

16 de maio de 2011

esmorece pela matina enculatrada.

15 de maio de 2011

encontra difíceis curvas de memória palaciana num fundo de caneca de cerveja. Com cheiro a rissóis acabados de fritar.

14 de maio de 2011

aborrece malas de feirante.

13 de maio de 2011

namora viscondessas abolacháveis.

12 de maio de 2011

vê atoardas na tarde trovejante. Conjuga semelhanças e credos à parda luz.
goza. Como a água que corre. Sem saber porque o diz. Assim. Molhável.

11 de maio de 2011

considera os rodriguinhos ultrapassados pelas suas fêmeas. Acesas.

10 de maio de 2011

taxeia o couro da miséria doirada.

9 de maio de 2011

treme como gelo firme.

8 de maio de 2011

atira porcos pardos pela janela.

7 de maio de 2011

amassa viagens num bolso perdido.

6 de maio de 2011

afivela meses ao barulho.

5 de maio de 2011

arranca em segunda, firme na rampa dos desejos mágicos. Abracadabra!

4 de maio de 2011

baptiza mulheres nas quais tropeçou sobre um eixo imaginário. Funambulistas.

3 de maio de 2011

alinha vícios com bandeirolas em linhas de festo.

2 de maio de 2011

vai forrando memórias de leitos secos.

1 de maio de 2011

decide litígios com o mar à vista.