31 de maio de 2008

vigia o ar marítimo. Na esperança de o ouvir opinar.

30 de maio de 2008

de resto é dono de poejos. E do seu cheiro.

29 de maio de 2008

se enganou. Ontem, aqui.

28 de maio de 2008

é azul.

27 de maio de 2008

inverte a vaga e a peça de dominó.

26 de maio de 2008

se encaminha para sequências de cor.

25 de maio de 2008

ilumina fios de faca.

24 de maio de 2008

recorda cem tropeços em rodadas de cerveja. À chegada.

23 de maio de 2008

escolhe a escala mais discreta.

22 de maio de 2008

gostava de anunciar agriões na ribeira.

21 de maio de 2008

mede meças.

20 de maio de 2008

se imagina refém de uma caixa de correio. Daquelas de alumínio e ferro, numa bateria de um prédio.

19 de maio de 2008

calcula momentos de inércia em profecias azuis.

18 de maio de 2008

ou a quem apetece o cheiro das esquinas em cidades inéditas.

17 de maio de 2008

considera que há qualquer coisa no talento que faz dobrar espelhos.

16 de maio de 2008

intenta que uma relíquia pode ser o suor pingando de barbas brancas de dois dias, remate de recordações pueris em abraço tribal. Pode ser.

15 de maio de 2008

merece ir à procura dos ossos da razão. Depois do próximo cume.

14 de maio de 2008

enfurece eucaristias e dilui cânticos em fade off.

13 de maio de 2008

encontra tique-taques perdidos em praias. Maresias só dali, de mais mar algum.

12 de maio de 2008

sai de uma sombra azulada. O que vê não faz sentido. Como se...

11 de maio de 2008

obedece a linhas em traço-ponto.

10 de maio de 2008

se ensina a si próprio o macho-feminismo do tempo atmosférico. O sol e a chuva nas já assinaladas curvas do caminho.

9 de maio de 2008

se sentaria numa taberna num ponto de onde, pela porta, avistasse todo o seu mundo. Certo seria que as vozes seriam familiares. Tal como o canto e o tremeluzir do candeeiro a petróleo.

8 de maio de 2008

compraria cento e uma embalagens de bruma.

7 de maio de 2008

mata males em barda.

6 de maio de 2008

considera decisivo ostentar a ignorância pelas curvas do caminho.

5 de maio de 2008

segue por uma estrada sem guias.

4 de maio de 2008

entronca no asfalto.

3 de maio de 2008

merece quadrículas de papel.

2 de maio de 2008

anoitece em gelo.

1 de maio de 2008

abre o peito aos celtas, escondidos pela água nos festos e nela embebidos nos talvegues.