30 de junho de 2007

se interroga sobre qual será a próxima descoberta dos simples.

29 de junho de 2007

se alista em mar de macaréus. Para a semana.

28 de junho de 2007

torna.

27 de junho de 2007

afirma preferir ser amo a senhor.

26 de junho de 2007

sabe que é preciso esquecer, com urgência, resmas e resmas de papel.

25 de junho de 2007

encontra anomalias no esquecimento de um chá. De brasas.

24 de junho de 2007

pondera largar os símbolos, da amurada.

23 de junho de 2007

contrasta areia como pedra preciosa. Sob e sobre azul.

22 de junho de 2007

é pelo pardo. Quanto mais não seja.

21 de junho de 2007

deve verões.

20 de junho de 2007

ataca com operações algébricas a sua própria memória. Aspira a geómetra.

19 de junho de 2007

em anexo, exibe o essencial.

18 de junho de 2007

não convém às mulheres.

17 de junho de 2007

enaltece as singelas veredas que ainda encontra. Este enaltecimento cresce com a urbanidade.

16 de junho de 2007

desaparece dos autos e dos actos.

15 de junho de 2007

é pela ignorância topológica dos lugares de sonho. Não é. Teme que se possa perder, lamenta que se perca, o que é talvez diverso.

14 de junho de 2007

perfilha os filmes dos outros pelo cheiro.

13 de junho de 2007

está açoreanamente qualquer coisa. Talvez azul entre verdes e vermelhos. Mas nada disto sabe ele.

12 de junho de 2007

se empoleira num "Ah!" tremendo. De gravata, é claro.

11 de junho de 2007

se transfere para uma espécie de relato das suas façanhas. De armas e bagagens.

10 de junho de 2007

diz: "Isso agora não interessa!"

9 de junho de 2007

ainda não construiu uma infância.

8 de junho de 2007

se diminui, de cada vez que se compara consigo próprio.

7 de junho de 2007

adivinha areias, maçãs reineta, peros do Cercal, uvas coração-de-galo. Atenta ao rio entre rochas e espera o som de juke-boxes fantasma.

6 de junho de 2007

celebra as linhas que se comem, que se bebem. Rectas, quase todas elas.

5 de junho de 2007

recorda, hoje, um A4 semeado de árvores. Verdes.

4 de junho de 2007

escuta uma pálpebra verdejante. E retoma o caminho do uáde.

3 de junho de 2007

agarra em si e se coloca num cabide, escolhe as palavras, escolhe-as tanto quanto se passa a ferro.

2 de junho de 2007

já se não lembra de procissões.

1 de junho de 2007

dadas as circunstâncias, conta histórias de tempos balneares.