30 de abril de 2014

desentreva animais alinhados ao balcão de uma taberna escura.

29 de abril de 2014

amanhece depressa.

28 de abril de 2014

emalha madeiramentos. Num fio.

27 de abril de 2014

atira ao alvo. Enquanto ele se move.

26 de abril de 2014

se esmera num assento. Acento posto. No esmero. Assentadamente.

25 de abril de 2014

torce o epíteto e cavalga a voz. Cava.

24 de abril de 2014

adverte um império. Do alto de umas andas.

23 de abril de 2014

entrevê cuidados. Em chamadas telefónicas.

22 de abril de 2014

introduz manias num charco habitado por sapos destinados a ser príncipes.

21 de abril de 2014

inaugura ventos.

20 de abril de 2014

tropeça na agenda escondida.

19 de abril de 2014

viola linhas curvas. Com tinta caríssima.

18 de abril de 2014

taramela ao quadrado.

17 de abril de 2014

reafirma a operação de subtracção que a ripa do telhado lhe sugere.

16 de abril de 2014

escapa a rajadas de palavras graves.

15 de abril de 2014

reage ao fogo fátuo das minas abandonadas.

14 de abril de 2014

adjudica volumes a militantes antigas.

13 de abril de 2014

levou consigo o vagão abandonado pela peste.

12 de abril de 2014

atravessa as vias férreas de um reino sem metais.

11 de abril de 2014

arremessa medos e metas. Com a fúria dos mortais.

10 de abril de 2014

remexe na cena final.

9 de abril de 2014

ostenta o vivo das fardas vencedoras.

8 de abril de 2014

tranca as médias. Em impresso oficial.

7 de abril de 2014

se anima. Ao vento leste.

6 de abril de 2014

aborrece em termos.

5 de abril de 2014

transvasa cometimentos. Em flores virais.

4 de abril de 2014

atrapalha gentilezas. Com pau santo.

3 de abril de 2014

no comenos se altera. Com paixão. Evidente. Mente.

2 de abril de 2014

encontra ramadas nas falésias quebradas. Com elas faz fogo.

1 de abril de 2014

vê minúcias num horizonte recortável.