30 de junho de 2013

caminha entre um sossego de flores. Forrado o sossego a papel com florinhas. Desse papel de forrar sossegos.

29 de junho de 2013

desata o Pedro do sapato.

28 de junho de 2013

verifica poemas, de calculadora.

27 de junho de 2013

vai de ribeira abaixo. Com o estilo nos dentes.

26 de junho de 2013

vai de ribeira abaixo. Com o estio nos dentes.

25 de junho de 2013

ministra minutas estivais. Em carros de fabrico francês.

24 de junho de 2013

ou a quem lhe apetece boulevardar.

23 de junho de 2013

avança com a alabarda dos tempos mortos a segredar-lhe ao ouvido.

22 de junho de 2013

arrebita enfermas aguçadas de curiosidade. Pela morte.

21 de junho de 2013

cavalga o vício de uma maré fora de tempo. Fora de lua.

20 de junho de 2013

testa diatribes no consolo do lar. Lar, de lareira.

19 de junho de 2013

manifesta a crónica ironia do desassombro.

18 de junho de 2013

mija frescos e retóricas.

17 de junho de 2013

trava línguas e enfermos arrolados.

16 de junho de 2013

acredita que um lápis reverte vicissitudes e limpa limos.

15 de junho de 2013

viaja com a sopeira de um lado.

14 de junho de 2013

reduz a velocidade angular ao pião maroto.

13 de junho de 2013

reconhece meias em pirilampos ávidos de costa.

12 de junho de 2013

remenda dígitos divinos.

11 de junho de 2013

arregaça o linho. E arreda a linhaça.

10 de junho de 2013

atraca barcaças sob luares aúreos. À vista da faúlha sidérica.

9 de junho de 2013

entorpece leões. Numa casa adiada.

8 de junho de 2013

abana o vento. Faz dele cair as agulhas que o representam.

7 de junho de 2013

revira olhos e terçolhos.

6 de junho de 2013

se atravessa como a bitola mal deitada.

5 de junho de 2013

inicia atrasos em comezainas vis.

4 de junho de 2013

milita numa espécie de sonho das Astúrias.

3 de junho de 2013

tempera momentos e toma medidas.

2 de junho de 2013

cavalga ruídos e enumera vassalagens.

1 de junho de 2013

constrói linhas. Feitas de marcas no tempo.