31 de maio de 2017

calcula avanços em cremalheiras doentes.

30 de maio de 2017

calcula o risco. De lápis em riste.

29 de maio de 2017

sobra.

28 de maio de 2017

anula o dia sereno.

27 de maio de 2017

se desvirtua. Num naipe de copas. Ou de cordas.

26 de maio de 2017

bebe quimeras num concerto de cigarras.

25 de maio de 2017

traga a jactância de um quilo.

24 de maio de 2017

remexe na hulha. As mãos a vibrar de negro.

23 de maio de 2017

atribui valores a vazios na tabela de um instante não fotografável.

22 de maio de 2017

molesta a vizinhança p.

21 de maio de 2017

trata da vinha e da ara.

20 de maio de 2017

acompanha o trem das treze.

19 de maio de 2017

silva.

18 de maio de 2017

altera o rumo. Com o fio de um diamante.

17 de maio de 2017

viu de costas para o lume.

16 de maio de 2017

se volta depressa. Para a esplanada de todas as virtudes.

15 de maio de 2017

viola os princípios de uma cúpula mistificada.

14 de maio de 2017

multiplica acentos em construções instáveis.

13 de maio de 2017

atrai o mosquedo do deserto. De um deserto.

12 de maio de 2017

ruge. Quando o gado atravessa a senda.

11 de maio de 2017

divaga. Ante o touro em pontas.

10 de maio de 2017

numera estradas. Pelo plano norteado.

9 de maio de 2017

altera direcções. Em cartas mal orientadas.

8 de maio de 2017

consome rápidos. Em canhões d'admirar.

7 de maio de 2017

abdica de viagens líricas.

6 de maio de 2017

dissolve brancas virgens em tanques de lodo radiactivo.

5 de maio de 2017

interfere com as mordomias do sonho. À beira-rio.

4 de maio de 2017

descarta musas. Em janelas de poente.

3 de maio de 2017

adverte poemas. E ignora poetas.

2 de maio de 2017

trabalha quarentenas. Em lazaretos distantes.

1 de maio de 2017

atinge o vácuo. Numa berlina tirada por garranos.