30 de abril de 2011

entoa vitórias como logaritmos bebidos da garrafa do cálculo.

29 de abril de 2011

resolve difusões no armário grande. Perto da manhã alvíssima.

28 de abril de 2011

pelos mal-cozinhados, venera mármores e azinhos. Cominhos e tudo.

27 de abril de 2011

regula borboletas em avanços máximos. Haverá estrada dentro de uma biblioteca. Traças em traços contínuos. Borracha nas folhas. Travagens em lombadas.

26 de abril de 2011

desvia bólides na troposfera. Com real licença.

25 de abril de 2011

manda ventarolas por correio electrónico.

24 de abril de 2011

salta das costas do medo para a loja da encarnação.

23 de abril de 2011

entuba afirmações reais. Junto ao pneumático. E à janela da temperança.

22 de abril de 2011

treme sobre um caderno quadriculado. Ocupando a quadrícula em passo de ganso.

21 de abril de 2011

arruma os vales numa almofada de cheiros. Como um perdido no meio de um mapa.

20 de abril de 2011

tem o electrão de valência sintonizado com o ar do mar. Valenciano, pois.

19 de abril de 2011

faz pontaria às lições dos adágios populares numa barraca de feira. Na secreta esperança de se emborrachar com eduardino.

18 de abril de 2011

passeia a raposa e ostenta as orelhas. De burro.

17 de abril de 2011

orna a estreme noção das nuvens com diabos acidentados.

16 de abril de 2011

aparece. À portela.

15 de abril de 2011

amanha a terra que dá flores.

14 de abril de 2011

adormece na areia. Cercado de carimbos que gritam datas célebres.

13 de abril de 2011

reaviva polaridades em sugestões dadas da varanda das emoções fortes. Naquela casa que nunca encontrou.

12 de abril de 2011

albarda o risco da vida com ervas aromáticas.

11 de abril de 2011

adapta o vento às suas páginas. Para que lá cheguem sem delongas.

10 de abril de 2011

envelhece sobre carris. De um qualquer comboio eléctrico. Ou de uma linha abandonada sobre o mar.

9 de abril de 2011

nunca gostou de ossos.

8 de abril de 2011

mal distingue os vultos da euforia. Estival. Juvenil.

7 de abril de 2011

anula vincos. No próprio cérebro.

6 de abril de 2011

segura a lua de outrem, perto do acaso.

5 de abril de 2011

contraria a variação dos equinócios pessoais.

4 de abril de 2011

encontra a praia disforme. Conforme a vida.

3 de abril de 2011

talvez envelheça sobre um estrado de canas.

2 de abril de 2011

tarimbaria um xilofone. Calibraria 45. Magnum.

1 de abril de 2011

muda de assento, atenta a polenização do mato. O perfume da charneca.