30 de setembro de 2011

viaja pelos restos de viagens.

29 de setembro de 2011

arruma vincos em terrenos débeis. O deserto instala-se em tendas.

28 de setembro de 2011

assoma a certos postigos longínquos da sua sombra.

27 de setembro de 2011

inventa um cartucho na feira onde faltou.
caçou um trovão, mendigando na curva do caminho.

26 de setembro de 2011

vence o vau. Por cordas em que mosquitos...

25 de setembro de 2011

não vai à feira. De São Martinho.

24 de setembro de 2011

faz arribar o leito de cheia.

23 de setembro de 2011

conhece a virulência do rumor. Atrás do cêrro, atrás das pedras, da chapada.

22 de setembro de 2011

envelhece a frente de um fogão. Lenha para se queimar.

21 de setembro de 2011

enriquece o vento. Com missangas sem matéria.

20 de setembro de 2011

puxa da trompa de caça num cenário esquecido. Que caiam amigos de pé.

19 de setembro de 2011

vale a quem o defenestra.

18 de setembro de 2011

encavalita as circunstâncias de uma caixa aberta.

17 de setembro de 2011

arrefece. Como um motociclista no poço da morte. Dentro de um dínamo.

16 de setembro de 2011

se vê na branda e nefasta álea do traço verde. Ou azul que possa ser, a certas horas.

15 de setembro de 2011

inventa tudos. Numa máquina atroz.

14 de setembro de 2011

se esqueceu da moda antiga.

13 de setembro de 2011

reviu as diligências da moda. Sem calcar o pé. Enxuto.

12 de setembro de 2011

viaja numa espécie de contra-aniversário alheio e póstumo.

11 de setembro de 2011

envia punhos como fumo.

10 de setembro de 2011

vence estorninhos em prados de golfe.

9 de setembro de 2011

envelhece por caminhos florestais. As fadas, vê-as descer dos musgos aéreos.

8 de setembro de 2011

pára na curva onde tremelica a voz na luz de um candeeiro para lá de uma porta mal aberta.

7 de setembro de 2011

verifica números em chapadas sobre templos joaninos.

6 de setembro de 2011

rejuvenesce sob a torneira das letras.

5 de setembro de 2011

nomeia hinos em meio a tempestades desnomeadas.

4 de setembro de 2011

oferece vícios a quem os semeia. Como cebolas de chorar.

3 de setembro de 2011

vê a lonjura dos dias ternos esfumar-se pela chaminé.

2 de setembro de 2011

arrefece os quadros a óleo que traz na memória.

1 de setembro de 2011

não virou a memória para o direito.